terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Comentário de um Garimpeiro

Breno Silva Peixinho Comenta:  Nós Garimpeiros sofremos muito com perseguições das grandes empresas em santa luz fecharam um garimpo que era uma das maiores rendas do município e deixando muitos Pais de família sem o seu pão de cada dia , até porque nós estamos num país que não oferece profissionalização de qualidade ao menor e sim demonstram o interesse pelo imposto ...
Achei muito boa a foto da palma da mão de um garimpeiro para que possam ver o sofrimento de todos nós e o que passamos para ter em nossas mesas o nosso alimento ....



As terras da maior mina de diamantes do mundo, no município de Nordestina, na Bahia, são ricas, também, na produção de ouro. A fazenda Baixinha, a 23 quilômetros da sede do município, vem se transformando em uma mini Serra Pelada. Nessa região, existem cerca de 4 mil garimpeiros trabalhando em jazidas a céu aberto e subterrâneas. O garimpo localizado em uma área de trabalhadores sem terras, conta com inúmeros motores equipados com moinhos para a trituração de pedra e cascalho na busca pelo ouro.
O jacobinense Genésio Balor, que há nove anos trabalha em garimpos, disse que a maior quantidade de ouro conseguida em um dia de trabalho foram 22 gramas. “Durante toda a manhã desta quinta-feira (30/1), só consegui nove décimos de grama de ouro. Trabalho em mina aqui porque não tenho outra opção de ganhar dinheiro para sustentar a família. O grama de ouro custa R$ 70 e o máximo que já consegui obter em uma semana de trabalho foram 50 gramas, e isso ocorre quando damos sorte com material retirado do subsolo”, explica.
Balor disse que são vários pais de família que dependem do ouro da Fazenda Baixinha para sobreviver e explica que em Jacobina, o material adquirido (cascalho) depois de utilizado não tem repasse, o que não ocorre em Nordestina. “Aqui, na Baixinha, o material para ser triturado no moinho é adquirido e depois do trabalho de trituração e seleção a caçamba de cascalho é revendida, custando de R$ 500 a R$ 600. Mas nós não sabemos a quantidade de ouro que fica no resíduo e muito menos o produto usado por outros garimpeiros no rebeneficiamento do material”, explica Genésio Balor. Ele acredita que em muitos casos quem compra a caçamba de material triturado termina encontrando mais ouro do que eles.
20140204074830_maoouromateriaGarimpeiros negam prejuízos ambientais
Em relação a prejuízos que os garimpos trariam para a natureza, como muitas pessoas reclamam, Genésio Balor nega que isso seja verdadeiro. “Algumas pessoas dizem que nós, garimpeiros, somos destruidores da natureza, como se quiséssemos acabar com a terra e a natureza, o que não é verdade. Nós não acabamos com nada, fazemos nosso trabalho preservando tudo. Veja as barragens de capacitação de repasse do material, como elas são bem feitas, para que os resíduos não corram para o leito do rio e muito menos cheguem às suas margens. Tudo aqui é preservado” explica.
O garimpeiro Nélio Ferreira do município de Araci, disse que trabalha no garimpo há um ano e chega a conseguir de 3 a 20 gramas de ouro/dia. “Moramos aqui em barracos de taipa, sem as mínimas condições de infraestrutura” relata, informando que 10% da produção são repassadas para uma associação de sem-terra que é a detentora da área. As escavações no local são feitas por mãos de homens e através de máquinas com a utilização de compressor com rompedor. Já Manoel Costa, que veio de Caem, informou que a maior quantidade de ouro retirado em um dia de trabalho foram 50 gramas.
As pessoas que trabalham nas minas subterrâneas na Fazenda Baixinha usam capacete, bota, cinto de segurança, máscara e recebem  o ar através de uma mangueira. Eles garantem que nenhum garimpeiro usa produtos químicos e fizeram questão que a reportagem do Diário do Sisal e Tribuna da Bahia vissem como é feito o trabalho de moagem do cascalho e pedras pelas maquinas que ficam a aproximadamente 150 metros do leito do Rio Itapicuru, sem que a natureza nesta área seja prejudicada. 

As informações e fotos são da Tribuna da Bahia

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