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Moro é um herói nacional, que está apenas cumprindo seu dever e o faz com com uma extraordinária e inigualável excelência>>>
REVEJA: Juiz Moro recusa 'medalha' da Câmara: 'não me sentiria confortável em receber o aludido prêmio'
***Recebido como celebridade entre juízes e desembargadores de Santa Catarina, o juiz federal Sérgio Moro palestrou nesta sexta-feira durante o Congresso Estadual de Magistrados, em Itapema. Tirou fotos, conversou com os participantes e deu até autógrafos. O painel não foi muito longo. Por cerca de 20 minutos, Moro falou sobre a corrupção no Brasil e o papel do Judiciário no cenário atual. Depois respondeu perguntas do público, criticou a morosidade dos processos e disse que o Judiciário não conseguirá mudar o país sozinho.
Ovacionado por mais de 200 magistrados presentes, Moro iniciou a palestra relembrando o período da ditadura e do descontrole inflacionário no país – fases que, segundo ele, chegaram a ser vistas como algo natural por quem viveu naquelas épocas. Em seguida, as comparou com a situação atual:
— Esse caso (a Lava-Jato) revela indícios de algo que muitos de nós cogitávamos que era a realidade neste país e talvez seja. E é uma realidade preocupante, um quadro de corrupção sistêmica e que não podemos ter como natural. Há indícios, neste caso, de pagamentos sistemáticos de propina à administração pública — afirma.
O juiz relembrou que muitas testemunhas ouvidas sequer sabiam explicar o motivo das propinas pagas e que a resposta era assustadora: “essa era a regra do jogo”. De acordo com Moro, existia uma norma de que em todo contrato com a Petrobras havia pagamento de propina e isso não era restrito à estatal, mas estava espalhado pela administração pública brasileira:
— Esse quadro, se for verdadeiro, representa aquela naturalização do problema. São fatos que nos deixam assustados.
Em seguida falou sobre a responsabilização de crimes do colarinho branco e sobre a baixa efetividade do sistema penal, que faz com que casos como a Lava-Jato se tornem apenas exceções. Segundo o magistrado, mesmo com toda exposição do problema o Congresso e o Executivo não apresentaram propostas para melhorar o quadro atual.
No entanto, assegurou que é preciso ter fé na democracia e fortalecer as instituições:
— O Judiciário tem um papel muito pequeno dentro disso tudo. Não devemos ter a ilusão que o Judiciário vai mudar o país ou que o juiz vai ser o salvador. O Congresso e o Executivo também têm que trabalhar.
Por fim, explicou que não tem dado entrevistas à imprensa, mas que aceitou palestrar para grupos de empresários. Moro acredita que eles têm papel especial no combate à corrupção.
— Sonho em poder olhar para trás daqui a 10 ou 20 anos e ver que esse quadro de corrupção sistêmica foi superado — disse. ***(Diário Catarinense)
Ovacionado por mais de 200 magistrados presentes, Moro iniciou a palestra relembrando o período da ditadura e do descontrole inflacionário no país – fases que, segundo ele, chegaram a ser vistas como algo natural por quem viveu naquelas épocas. Em seguida, as comparou com a situação atual:
— Esse caso (a Lava-Jato) revela indícios de algo que muitos de nós cogitávamos que era a realidade neste país e talvez seja. E é uma realidade preocupante, um quadro de corrupção sistêmica e que não podemos ter como natural. Há indícios, neste caso, de pagamentos sistemáticos de propina à administração pública — afirma.
O juiz relembrou que muitas testemunhas ouvidas sequer sabiam explicar o motivo das propinas pagas e que a resposta era assustadora: “essa era a regra do jogo”. De acordo com Moro, existia uma norma de que em todo contrato com a Petrobras havia pagamento de propina e isso não era restrito à estatal, mas estava espalhado pela administração pública brasileira:
— Esse quadro, se for verdadeiro, representa aquela naturalização do problema. São fatos que nos deixam assustados.
Em seguida falou sobre a responsabilização de crimes do colarinho branco e sobre a baixa efetividade do sistema penal, que faz com que casos como a Lava-Jato se tornem apenas exceções. Segundo o magistrado, mesmo com toda exposição do problema o Congresso e o Executivo não apresentaram propostas para melhorar o quadro atual.
No entanto, assegurou que é preciso ter fé na democracia e fortalecer as instituições:
— O Judiciário tem um papel muito pequeno dentro disso tudo. Não devemos ter a ilusão que o Judiciário vai mudar o país ou que o juiz vai ser o salvador. O Congresso e o Executivo também têm que trabalhar.
Por fim, explicou que não tem dado entrevistas à imprensa, mas que aceitou palestrar para grupos de empresários. Moro acredita que eles têm papel especial no combate à corrupção.
— Sonho em poder olhar para trás daqui a 10 ou 20 anos e ver que esse quadro de corrupção sistêmica foi superado — disse. ***(Diário Catarinense)
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